quinta-feira, 17 de março de 2016

Cuidar da mente para além do corpo



As mudanças que ocorrem no desenvolvimento do bebé durante os primeiros anos de vida são verdadeiramente notáveis, por isso os pais mas também os profissionais devem ter em atenção os marcos do desenvolvimento do bebé, por exemplo como quando começam a sorrir, rir, a dormir a noite toda, gatinhar, caminhar, a conseguir fazer desenhos, a falar, etc...



As crianças desenvolvem-se num continuo, ou seja todos os aspectos físicos, cognitivos e emocionais vão-se alterando e evoluindo gradualmente e este desenvolvimento é influenciado por vários fatores, como o género, geografia (local de nascimento) mas em particular pelas primeiras experiências. 
A maioria dos bebés saudáveis precisam essencial que estejamos atentos à sua alimentação, mudas de fralda, dar carinho e cuidado. Isso não quer dizer, contudo, que as visitas de rotina ao pediatra não são necessários para manter a saúde do seu bebé. Estas visitas são muito importantes quer para as questões associadas à vacinação como ao acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento da criança, permitindo-lhe também discutir quaisquer questões ou preocupações que os pais possam ter. No entanto deixamos muitas vezes de lado as avaliações da parte Psicológica aquilo que diz respeito ao desenvolvimento cognitivo, comportamental e emocional...Porquê?



Tendo em conta que estas áreas de desenvolvimento na primeira infância estão diretamente relacionadas com a aquisição de determinadas competências que permitem às crianças ter por exemplo sucesso escolar e sabendo nós que irão influenciar a sua forma de lidar com o mundo para toda a vida, será que devemos deixar que se desenvolvam ao acaso!? Ou não seria melhor, e de acordo com a recomendações internacionais como a Associação Americana de Pediatria, que as nossas crianças pudessem ser avaliadas desde o inicio da vida e os pais orientados para essas etapas de desenvolvimento?



Através da observação cuidadosa, avaliação e comunicação com os cuidadores da criança, os profissionais de saúde podem obter uma imagem clara da criança e assim identificar riscos, preocupações ou atrasos através da avaliação clínica cognitiva, comportamental e emocional, salientando ainda mais a importância da prevenção em saúde pediátrica.



Os estudos demonstram um crescente reconhecimento da importância da saúde mental na avaliação pediátrica, tendo alguns países adotado medidas para incentivar uma mais abrangente e eficaz identificação, prevenção e cuidados para distúrbios de saúde mental na prática pediátrica. As recomendações internacionais, sugerem que:



- a avaliação do desenvolvimento psicossocial e comportamental deve ser realizada logo após o nascimento, mantendo-se com uma frequência entre 2-3 meses sensivelmente até aos 2 anos de idade.
- o despiste das perturbações do espectro do autismo deve ser realizado aos 18 meses de idade.


- o “rastreio” desenvolvimental deverá ser aplicado aos 9 meses

Os psicólogos, como especialistas em avaliação, desenvolvimento e saúde mental, detêm um importante papel no uso dos recursos da criança e da sua família para a promoção da saúde e desenvolvimento “saudável”. Ao estarmos sensibilizados para todos os aspectos do desenvolvimento do bebé, seremos mais capazes de iniciar uma intervenção precoce. Esta intervenção leva ao aumento da estimulação cerebral num momento em que o cérebro da criança é mais receptivo e maleável.
Todos os Pais querem que o seu bebé venha a ser a “a melhor versão de si próprio”.
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Comece o 2016 entrando directo no coração dos seus filhos!


O frasco das palavras mágicas!





Os pais espertos  respondem a milhões de perguntas dos seus filhos. Mas os pais sábios fazem milhões de perguntas, ou seja uns podem saber muito, mas os outros têm a capacidade de compreender muito melhor....
As perguntas que nos colocam e que nos colocamos aos outros, mostram a nossa capacidade de nos interessar e querer conhecer melhor os que nos rodeiam e ajudam-nos a visitar pedaços escondidos dentro de nós... Todo este processo nos faz desenvolver o nosso autoconhecimento e o conhecimento do outro numa aventura de descoberta e comunhão única!
Por isso as perguntas interessantes são como que palavras mágicas para abrir e entrar direto no despertar desse sótão que é por vezes o nosso ( e o dos outros) coração!

E que grande, senão a maior aventura das nossas vidas, que não a de explorar a mente e o coração dos nosso filhos!! ....mas a verdade é que o nosso dia-a-dia infernal deixa-nos com muito pouco tempo para pensar em questões interessantes e momentos adequados para as fazer .. E todos nós sabemos que a clássica " como foi o teu dia?" Ou a " o que fizeste hoje na escola?" na hora do jantar onde o cansaço aperta, não nos leva a respostas e descobertas fantásticas....
por isso temos decididamente que mudar a receita... Que tal alterar a pergunta para: na tua sala, para além da tua professora quem achas que poderia ensinar algo? Ou quem é que hoje na tua sala te fez sorrir? E vamos seguindo.... " se fosses um inventor o que gostarias de inventar? Ou " que parte em ti gostas mais?, " qual foi o teu primeiro pensamento quando acordaste hoje?"...

Então aqui fica uma sugestão para usar já no jantar da passagem de ano: o frasco das palavras mágicas- uma série de questões que vão permitir a toda a família entrar em 2016 direto nos corações. E espere para descobrir quantos pedacinhos dentro dos seus filhos desconhecia que existissem...
Todos nós temos milhões de pedaços, tesouros fechados dentro de nós, e uma boa questão trará as palavras mágicas para os abrir e potenciar! Ajudando os seus filhos a crescerem como seres pensantes conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia...



Aqui vai a simples e mágica receita:

Frasco das palavras mágicas

Instruções de uso:
!!(Atenção este frasco tem poderes mágicos)

Arranje um frasco de compota vazio
Imprima as questões que sugerimos e corte cada uma delas num pedacinho de papel
Dobre e coloque tudo lá dentro
Depois é só partir à descoberta!

Experimente levar o frasco para viagens longas em vez do “tablet” e ver como aumenta a diversão em família!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Pai Natal: ingénua fantasia ou mentira perigosa? ou ... O seu bebé e o Natal


Guarde estas dicas à mão até sexta-feira ... vai ver que pode precisar!


Quais as reações dos mais pequeninos ao Pai natal? Devemos dar continuidade à fantasia ou estamos a trair os nosso filhos? Até quando deve uma criança acreditar no Pai Natal? E quando descobrem a verdade?

Este período de férias de Natal está cheio de alegria e celebração, e compartilhar essa felicidade com o seu filho pode reforçar o espírito de Natal com sorrisos e novas memórias. Mas com o Natal vem também o Senhor das barbas brancas... por isso esclarecemos algumas dúvidas acerca de como lidar com a figura do  Pai Natal...
É mesmo estranho, não é?! Os pais mentem às crianças acerca de um senhor tão bondoso sabendo que mais tarde lhes vão destroçar o seu coração ao contar a verdade!! Excepto que  a coisa não é tão simples assim!

Ora,...Mentir às crianças não é algo que devemos fazer, mas no que toca ao Pai Natal algo mais importante se eleva: de facto este senhor gorducho que viaja uma noite a fio conduzido por um conjunto de renas e consegue efetivamente entregar presentes a toda a gente, em todas as casa, tem a magia de ser um verdadeiro conto de fadas. E os contos de fadas promovem a imaginação que é parte integral do desenvolvimento e ajuda o cérebro a ser criativo! Para além disso, a história do Pai Natal assenta na história verdadeira de S. Nicolau que distribuía presentes e dinheiro aos pobres....

Assim ...

Com os mais pequeninos... se planeia levar a criança a ver o Pai Natal num shopping para tirar uma foto, passe algum tempo antes a explicar quem é o Pai Natal, familiarizando-o com a imagem através de livros, por exemplo.....para que o bebé não se assuste com aquela figura enorme (para eles) toda de vermelho  e com barbas brancas consideráveis e que comunica de forma estranha ao dizer OH!...OH!...Oh!...(bebés com 18 meses irão compreender melhor a ideia)
Nunca force a criança a sentar-se no colo do Pai Natal!
Lembre-se que por volta dos 2 anos surge a época gloriosa das birras juntamente com a dificuldade em se comunicarem! Por isso talvez seja uma boa altura para passar o Natal em casa, em família, já que esta época tem muito mais estimulação do que o seu bebé pode aguentar, o que pode terminar em birras constantes...esteja atento aos sinais que o bebé vai dando...

E quando eles já não acreditam no Pai Natal? Gradualmente a magia vai sendo questionada e as crianças apercebem-se que “há algo de errado na história” e começam a questionar-se.... a melhor forma de lidar com isto é perguntar à criança se acredita no Pai Natal para perceber se estará pronta para lidar com a “verdade”, quando a criança responde que não e chegou a hora de revelar os factos, a melhor forma será reforçar a ideia de que o “espírito de Natal”, é VERDADEIRO contando a história de S. Nicolau: o Pai Natal em tempos foi uma verdadeira pessoa e hoje em dia nós honramos essa memória oferecendo coisas especiais às pessoas de quem mais gostamos! O Pai Natal é uma espécie de sentimento dentro dos nosso corações.

O natal tem um significado muito mais alargado do que a existência, ou chegada do senhor de fato vermelho. É claro que é saudável deixar o seu filho dar asas à imaginação e criar ele próprio todo o enredo em volta deste misterioso senhor que lhes traz alegria, mas não é condição essencial! Segundo alguns estudos esta prática pode ajudá-los a mais tarde serem mais capazes de desenvolver as suas invenções e “grandes ideias”. Este tipo de experiências, à semelhança dos contos de fadas, poderão ser formas muito mais eficazes de transmitir às crianças alguns valores morais, como a partilha, solidariedade, amor, tal como ajudar a distinguir os “bons dos maus”.

As férias são a oportunidade perfeita para ajudar seu filho a expandir sua compreensão do lado solidário e repleto de afetos da quadra natalícia. Por volta dos 18 meses de idade, as crianças começam a desenvolver a empatia, a perceber como as outras pessoas se sentem, e assim podem aprender que a generosidade inclui ajudar aqueles que passam por dificuldades e perceber os benefícios do comportamento generoso.

 


Bom Natal!

sábado, 28 de novembro de 2015


Sabia que por volta dos 4 meses o sono do seu bebé sofre uma ” regressão”? Se o seu bebé ainda não tem 4 meses, prepare-se, se está nesta fase, deixe-nos ajudá-lo, porque é mesmo assim, e não, não lhe acontece só a si.

A regressão do sono dos 4 meses é um fenómeno que ocorre com a maioria dos bebés, por vezes é uma grande surpresa para os pais, pois parecia que o seu bebé já tinha estabilizado e que o pior já tinha passado e eis que sem se perceber como ou porquê voltam as noites mal dormidas.
Os primeiros anos de vida do bebé são de um crescimento e desenvolvimento extraordinário, estão a acontecer imensas coisas ao mesmo tempo, os seus cérebros estão a tentar “aprender” com tudo o que acontece à sua volta e dentro deles. Toda esta agitação faz com este processo tenha altos e baixos e por isso o ritmo de desenvolvimento do seu, e de todos os bebés, não é constante. Em alguns momentos este desenvolvimento é efetivamente muito acelerado e noutros parece que há uma desaceleração ou até mesmo um retrocesso.

Por volta dos 4 meses o seu bebé pode começar a parecer mais irrequieto e impaciente. Esta é uma fase de fortes mudanças em que o bebé faz importantes aquisições. Antes de estas mudanças se concluírem (no que se costuma designar por “ salto de desenvolvimento”) os bebés frequentemente sentem-se “perdidos”. As mudanças são assustadoras mesmo para os adultos, por isso mais assustadoras ainda para os bebés. Nesta fase ocorrem alterações nos seus sistemas percetivo e cognitivo e a nível neurológico é visível o crescimento, no entanto essa evolução não ocorre em simultâneo com a necessária adaptação a tantas mudanças. Este sentimento de instabilidade gera alguma ansiedade que altera o seu apetite, humor e sono e os faz procurar mais aquilo que sabem que resulta e lhes dá prazer e segurança – Colo, Mimo, Atenção ( A mãe ).

Quando os bebés conseguem “fazer “ uma nova habilidade, ou uma nova conquista esta requer prática e treino, ou seja eles vão tentar fazer as suas novas habilidades muitas e muitas vezes o que os deixa também mais excitados, a dormir menos e por vezes frustrados se não esta a “correr “ como querem. Vão tentar comunicar da forma que conhecem por isso é provável ocorrer mais choro, mudanças repentinas de humor e esta maior exigência de atenção e colo. Se juntarmos a tudo isto o aparecimento dos dentinhos típicos nesta idade, bem percebemos que ser bebé nem sempre é fácil. 
Nesta altura é comum os bebés conseguirem alcançar e pegar num brinquedo, leva-lo à boca, passá-lo de uma mão para outra e sacudi-lo-. O bebé Começa a ser capaz de emitir sons mais nítidos e o seu olfato e paladar estão a funcionar em pleno. Começa a experimentar virar-se  de costas e de barriga para baixo sozinho e a ser capaz de se arrastar para a frente e para trás, também demonstra  conhecer( e reage ) ao seu nome e começa a ser capaz de focar a atenção em imagens ( por exemplo nos livros ou no seu reflexo no espelho).

Então e agora o que fazer?

Nesta fase (e pelo resto da sua vida enquanto pai/mãe) é preciso desenvolver paciência. Seja empático com o seu bebé, não tenha expectativas demasiado elevadas e lembre-se que também não é nada fácil para ele. Provavelmente vai ter que repensar algumas rotinas e ser algo flexível, pois importa conforta-lo e ao mesmo tempo cuidar de si. Pode ser necessário reajustar os horários de sono e voltar a aproveitar para dormir quando ele dorme. Se já o tinha mudado para o quarto dele, pode experimentar tentar manter a rotina, mas se se revelar difícil pode ser boa ideia aproxima-lo mais de si para não ser tão difícil e complicado durante a noite e ponderar deixa-lo dormir consigo (ou no berço encostado à cama) especialmente se está amamentar pois é provável que ele queira mamar mais vezes. 

 Acima de tudo tenha em mente que – É SÓ UMA FASE, VAI PASSAR, não desespere nem desanime, durma o que puder e o resto do tempo divirta-se com as maravilhosas descobertas  e conquistas que ele esta a fazer.




sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Como falar com os nossos filhos sobre terrorismo





As notícias recentes de ataques terroristas chocam-nos a todos e apesar dos nossos cuidados elas são tão inesperadas que as nossas crianças acabam por ser expostas a elas. A realidade é que existem coisas e pessoas “ más “ e embora por vezes a tentação de “deixar passar” por acharmos que os nossos filhos são muito pequenos e não perceberem nada seja forte, não o podemos fazer, pois apesar de eles não entenderem os conceitos, ou o que é a guerra, eles são ”peritos “ em ler as nossas reações, expressões e perceber o nosso medo o que os pode assustar ainda mais do que as imagens ou noticias. Mas a questão que se põe é como faze-lo?
Encontrar resposta para algumas questões que as crianças nos colocam é por vezes praticamente impossível! A dúvida de muitos pais e educadores neste tipo de situações é se devem “proteger” e esconder as realidades associadas a esta violência ou se deverão assumir uma postura aberta, honesta e responder a todas as questões, independentemente da complexidade.
A honestidade é sempre a melhor solução no entanto isso não torna a tarefa mais simples, pelo que enumeramos alguns aspetos importantes ao abordar este assunto com crianças que esperamos possam ajudar.


Procure saber o que o seu filho já sabe


Pergunte ao seu filho o que já sabe e onde ouviu falar sobre o assunto. É importante perceber se ele ouviu falar disto na escola ou se viu na televisão, porque essa informação irá ajuda-lo a entender o que é que ele já sabe o que pode ser uma boa base para orientar a sua resposta.


Lembre-se da idade e do nível de desenvolvimento da criança


O tipo e a quantidade de informações que vamos partilhar com as crianças tem que ser adequada à sua idade e fase de desenvolvimento para que ela possa compreender a nossa explicação e sentir-se tranquila. Por exemplo com os mais pequeninos podem não perceber nada de terrorismo mas são exímios leitores de expressões faciais e tons de voz!...e acredite que um pai aterrorizado a falar com o vizinho acerca das noticias pode amedrontar muitos mais do que a própria noticia!
Use linguagem simples, mas criando espaço para que a criança possa fazer perguntas. As crianças não precisam de toda a informação por isso é desnecessário incluir detalhes que podem despoletar medos ou comprometer a sua sensação de segurança.


Ouça


Tente perceber os seus medos e preocupações, mesmo que pareçam despropositadas ou absurdas. As crianças tem uma visão do mundo muito diferente da dos adultos, os seus medos e preocupações são muito diferentes dos seus. Tente entender a perspetiva única do seu filho e deixe que seja ele a “guiar “ a conversa. Muitas crianças têm normalmente medo de que algo “mau” possa acontecer com elas próprias ou com as suas famílias. Elas veem as imagens dentro de casa, em closeups, não percebem se o que aconteceu foi perto ou longe.

Facilite a expressão de emoções


É comum as crianças quererem saber se outras crianças e pessoas ficaram feridas. Ajuda-las a identificar e “dar nome” aos seus próprios sentimentos nessas situações, referindo que isso o deixou triste, com medo ou raiva, vai ajudar o seu filho a compreender o seu próprio estado interno e emoções. Permita que seu filho se sinta triste, não o “force “a não sentir essas emoções. O mais provável é que neste tipo de situações as crianças não saibam expressar o que estão a sentir e normalmente comunicam as suas emoções através de comportamentos que podem surgir na forma de irritabilidade, problemas de sono, choro frequente, brincadeiras mais agressivas, etc.... Refira que é normal sentir raiva quando não sabemos o que está a acontecer ou temos medo, mas que não é bom exprimi-la magoando a si ou aos outros. Pergunte ao seu filho como se sente. Pode aproveitar e mostrar-lhe maneiras positivas de expressar seus sentimentos, que podem passar por escrever uma carta, fazer um desenho, etc...

O que dizer sobre quem são os “maus”?


Esta questão requer um cuidado especial pois pode influenciar negativamente a forma como o seu filho vê todo um grupo de pessoas e não as pessoas que efetivamente cometeram ações terroristas. A informação deve ser adequada à idade e fase de desenvolvimento do seu filho. É importante aproveitar este momento para ensinar ao seu filho que os atos de violência não são cometidos, nem representam os pensamentos e crenças de toda uma raça ou grupo étnico. Existem em todos os grupos pessoas boas e más e especialmente nestas alturas importa realçar que devemos tratar todas as pessoas como iguais, não importa qual grupo étnico a que pertencem ou a sua origem.


Reforçar sentimentos de esperança, tranquilidade e segurança



Quando falamos de terrorismo e outros atos de violência reforçar os sentimentos de tranquilidade e segurança deve ser o nosso principal objetivo. Os Adultos precisam de garantir às crianças que ataques terroristas são algo que não acontece com frequência. Minimize a sua exposição a imagens que possam choca-los de forma suave (dizendo por exemplo que já viram muita televisão e que se calhar agora é melhor irem brincar um bocadinho com outra coisa) Importa ajudar as crianças a perceber que a maioria dos lugares e pessoas estão seguros no dia a dia. Lembre ao seu filho de todas as situações e momentos em que acontecem coisas boas. Mesmo nesta situação, e caso ele tenha assistidos a noticias na televisão, tente focalizar-se nos aspetos positivos, nas pessoas que acorreram a ajudar, como bombeiros e policias, mostre como existem muito mais pessoas boas do que más. Foram alguns “maus” que cometeram os atentados, mas foram muito mais os bons que tentaram ajudar e que continuam a ajudar. Pergunte ao seu filho o que fará com que ele se sinta seguro e seja criativo ao tentar concretizar as sugestões dele.


Isto vai acontecer mais vezes?


Todos sabemos que não temos como garantir que não volta a acontecer. O que importa reter desta pergunta e o que o seu filho quer mesmo, e precisa mesmo, de saber é se ele vai ficar bem, é se a vossa família vai ficar bem. É importante que o faça sentir que está seguro e que vai estar protegido, que está lá para o proteger.


Pedir ajuda quando conversar não chega



Se após vários dias e após conversarem sobre estes assuntos, o seu filho continuar a exibir comportamentos alterados, continua especialmente triste, com alterações de sono, irritado, particularmente preocupado com a segurança ou outro comportamento diferente do habitual que está a interferir com o seu desempenho escolar, atividade social e funcionamento diário, está na altura de procurar ajuda profissional.