quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Plasticinas para o Banho!!!

Na minha ida a Oeiras para o programa Portugal no coração, fui almoçar com uma grande amiga ao Oeiras Shopping (não fosse perder-me à saída e não chegar ao Palácio)... Deparei-me com uma loja fantástica onde descobri alguns produtos que aconselho vivamente para usar como atividades de estimulação sensorial no banho!!! 









Plasticinas são muito divertidas e para os pais com pouco tempo, no dia-a-dia, para brincarem com os seus filhos.  Traransforma um banal banho num momento divertido em familia...


5 cores, cada uma com as suas propriedades....






A minha escolha é a azul, porque tem uma cor fantástica e é calmante (mistura de lavanda, camomila marroquina e óleos essenciais de camomila) induzindo um soninho reparador (para ela e para mim)




Descobri também a Gelatina, que a Baby adorou e o Sabão com purpurinas, que transformou a casa de banho numa chuvas de estrelas brilhantes!!!!




Para além dos produtos serem giríssimos e cheirarem muito bem, os princípios desta marca são fantásticos!!!
  • Usam produtos frescos
  • Minimo de conservantes
  • Comércio Justo
  • Preservação do ambiente, não usam embalagens desnecessárias e em muitos casos usam panos  os  Knot-Wraps muito giros para embrulhar...perfeitamente re-utilizaveis e feitos numa fabrica de 70 mulheres na India....
  • São pessoas "verdadeiras" que os fabricam porque como eles dizem pequenas orquídeas seriam demasiado delicadas para serem tratadas por máquinas...e comprovar isso cada produto traz uma etiqueta com o nome da pessoa que o fez...






  •  Não testam em animais, e são ativistas nesta matéria
Join the Fight:fightinganimaltesting.com

 Experimentem!!! Os vossos filhos vão adorar!!!!

















quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Atividades para Bebés-Portugal no Coração

FOR BABIES no PORTUGAL NO CORAÇÃO


Ora  aqui está para quem não viu, a apresentação do ForBabies e de todas as suas atividades para os bebés, no Portugal no Coração, no passado dia 25 de Outubro de 2013..

Já aqui referi que não existem muitas atividades para Bebés até aos 3 anos, em particulares atividades que possam ir ao encontro daquilo que são as suas necessidades em termos de desenvolvimento cerebral....

http://wedocareforbabies.wix.com/forbabies










quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Estou de volta! e o Desenvolvimento cerebral dos Bebés !

Bom, finalmente consigo sentar-me aqui outra vez a dar novidades, o mês de setembro foi de loucos porque entreguei a minha tese de doutoramento dia 30!!!


Sobre bebés, claro!..E com alguém que dá cartas nesta matéria...o Prof. Eduardo Sá.....Mais concretamente sobre a violência na gravidez e as consequências no desenvolvimento mental do bebé no primeiro ano......e que coisas tristes descobri!

Bom, mas não estamos aqui para falar disso...Hoje vou falar de algo que estou sempre a dizer aos pais dos bebés nas minhas consultas....o primeiro ano de vida é o de maior e mais rápido desenvolvimento cerebral....e nós Pais não podemos perder esse comboio!!!





Assim como todos nós nos esforçamos para dar a melhor alimentação aos nossos filhos, também nos devemos esforçar para que, o cérebro dele ele tenha, em particular, nos primeiros anos de vida todo o alimento necessário!....ao jeto de um..."porque vocês merecem!"

Falo de estimulação sensorial, afecto, brincadeira, colo, mimo, musica, línguas estrangeiras, ginástica.....

Trocando por miúdos....antigamente pensava-mos nos bebés, como seres que só dormiam, comiam, faziam xixi e có-có e ...mais nada!

Felizmente que a ciencia nos últimos 30 anos nos veio mostrar, que embora não falem, nem andem...e a visão de quem está de fora seja por vezes muito celestial e serena....lá por dentro nada podia ser tão diferente....o cérebro dos bebés etc... sempre em fogo de artificio, de tanta explosão de neurónios e sinápses que está a acontecer...e tudo isto porque!....está desejoso e ávido de conhecer o mundo! em particular de o conhecer a SI!

A saber:


As primeiras semanas do terceiro trimestre de gravidez são um período de transição durante o qual o córtex cerebral começa a assumir muitas funções anteriormente realizadas pelo tronco cerebral mais primitivo. Por exemplo, reflexos tais como o respirar fetal e as respostas a estímulos externos tornam-se mais regulares. O córtex cerebral também é o responsável pela aprendizagem precoce, que inicia o seu desenvolvimento por volta desta altura.
As habilidades notáveis ​​que os Bebés recém-nascidos evidenciam, vêm confirmar o grau de desenvolvimento pré-natal do cérebro. Os Recém-nascidos reconhecem rostos humanos, e que os preferem a outros objetos, e que podem até mesmo distinguir entre expressões felizes e tristes. Ao nascer, um Bebé reconhece a voz da mãe e pode ser capaz de reconhecer os sons das histórias que ela lhe contava, enquanto ele ainda estava no útero...

Por volta dos três meses, o poder de reconhecimento de um bebé já melhorou drasticamente, o que coincide com um crescimento significativo do hipocampo, a estrutura límbica relacionada com a memória de reconhecimento. Os circuitos da linguagem nos lobos frontais e temporais consolidam-se no primeiro ano, fortemente influenciados pelo tipo e riqueza de linguagem a que o bebé nesta fase é exposto.
O cérebro continua a desenvolver-se a um ritmo impressionante durante todo o primeiro ano de vida. Os cerebelo triplica de tamanho, o que parece estar relacionado com o rápido desenvolvimento das habilidades motoras que ocorre durante este período.
No primeiro ano de vida, esse desenvolvimento é mais rápido, mais extenso e por consequência muito mais vulnerável às influências ambientais do que alguma vez pudemos suspeitar. Sabemos que o ambiente pode afetar não só o número de células cerebrais e o número de conexões entre elas, mas também a forma como essas conexões são efetuadas.
            Desde a conceção e até aos três anos de idade, o cérebro de um Bebé sofre uma quantidade impressionante de alterações. Ao nascer, o cérebro de um Bebé, tem mais ou menos a totalidade de neurónios que no futuro irá ter. O seu tamanho passa para o dobro no primeiro ano, e aos três anos de idade irá atingir cerca de 80 por cento do seu volume quando for adulto.
Para além disto, e se calhar ainda mais relevante, é a velocidade com que as sinapses entre neurónios se formam, que atinge a sua velocidade máxima durante estes anos. Na verdade, o cérebro forma muitas mais sinapses do que aquelas que efetivamente necessita: por volta dos dois, três anos de vida, o cérebro tem até duas vezes mais sinapses do que irá ter na idade adulta. Estas conexões excedentes são eliminadas gradualmente ao longo da infância e adolescência, por um processo chamado poda.
O facto de o cérebro criar mais sinapses do que aquelas que necessita tem resposta na interacção de factores genéticos e ambientais no desenvolvimento cerebral. Este excesso de sinapses produzidas pelo cérebro de um Bebé nos três primeiros anos faz com que o cérebro nesta fase seja especialmente sensível aos estímulos externos .
Os estádios iniciais de desenvolvimento são fortemente influenciados por fatores genéticos, por exemplo, são os genes que determinam os locais para onde os neurónios recém-formados vão migrar, e têm também um importante papel na determinação da forma como eles irão interagir entre si.Mas, embora os genes sejam responsáveis pela organização geral do cérebro, pelas suas fundações, eles não são os responsáveis por todo o seus design, por toda a sua construção.Na realidade os genes permitem que o cérebro se sintonize com o seu meio-ambiente, e que ajuste a sua construção, dependendo dos inputs que receber através dos seus sentidos. É essa entrada que estimula a atividade neural.
O uso repetido reforça uma sinapse. Sinapses que raramente forem usadas ​​continuam fracas e são mais propensas a serem eliminadas pelo processo de poda. A força das sinapses contribuem para a melhor conectividade e eficiência das redes neuronais que suportam a aprendizagem, a memória e outras habilidades cognitivas.
Ou seja, as experiências a que um Bebé está sujeito, não só determinam  o tipo de inputs/informações que o seu cérebro recebe, mas também influenciam a forma como o cérebro se vai arquitetando.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Comida Divertida...Estratégias para incentivar crianças com Perturbação do Processamento Sensorial para Comer!!




1. Usar a rotina como uma vantagem...

Antes de cada refeição ao lavar as mãos lave também o rosto do seu bebé com toque firme, especialmente em redor da boca... Isto vai prepara-lo para o estimulo da refeição e vai ser um sinal de antecedência da refeição, dando-lhe tempo para preparar os seus pensamento e sentimentos...

2. Equilíbrio,  postura e apoio...

Se o seu bebé ainda não é totalmente capaz de tocar com os pés no apoio da cadeira alta, pode colocar uma toalha enrolada  em redor ao apoio de forma a que seja capaz de descansar os pés. Esta estratégia vai trazer uma melhoria acentuada na quantidade de tempo que ele passa sentado na cadeira sem ficar desconfortável. O seu bebé vai sentir-se mais seguro, mantendo uma boa postura e equilíbrio.

3. Comece com o que ele gosta de comer.... E construa a partir daí!!

Comece com as refeições e alimentos que o seu bebé parece mais confortável  e vá acrescentando novos alimentos, com texturas e sabores diferente aos pouquinhos. O seu bebé precisa desses alimentos "seguros" para ir explorando os novos alimentos que se encontram no seu prato!

4. Use o garfo com instrumento de toque!!


Ao introduzir o garfo o seu bebé vai gostar de transportar os alimentos até a boca, mesmo que depois não os coma...toca com o  garfo na boca (o que para um bebé com perturbação sensorial é muito importante, pois é algo novo que ele está a sentir)...
Pode introduzir vários tipos de garfo, assim torna a experiência mais divertida para o bebé...
Encoraje o seu bebé a mergulhar alguns dos alimentos que ele gosta em outros que não tem tanta certeza... Ele pode ficar interessado nesta experiência e experimentar novos alimentos que rejeitava anteriormente.  


6. Comer juntos em família!!


Os bebés aprendem a observar e a imitar, por isso as refeições em família são muito importantes. O seu bebé vai observá-la a comer e vai querer imitar...Comendo até alimentos que anteriormente rejeitava.
Se  oferecer sempre a mesma comida ao seu bebé ele vai ficar saturado e rejeitar mais facilmente. Pode arranjar formas diferentes de apresentar os alimentos ao seu bebé. Muitas vezes cozinhar o mesmo alimento de diferentes formas pode ser uma solução, pois a textura, e o sabor vão-se modificar. Também pode acrescentar temperos ou modificar a cor dos alimentos.


Quando introduzir o garfo comece com alimentos que sabe que ele gosta e com o tempo vá acrescentando alimentos que ele rejeita.


5. Use a técnica de "Mergulhar"...

Experimente mergulhar alimentos que o bebé não gosta, noutros que ele aprecia...Podem até não combinar, mas o facto de existir algum conhecido no sabor, ajuda-os a quererm experimentar!


7. Tente oferecer muita diversão!

É realmente crucial fazer alguma sujidade, mas o jogo sensorial é isso mesmo. É o bebé conhecer novas sensações, texturas, cheiros e sabores. Todos os dias pode experimentar algo diferente, uma textura nova e diferente, um sabor diferente, etc...e ter muita diversão ao mesmo tempo... O jogo permite que o bebé se sinta mais confortável com a confusão, novos estímulos e texturas... 

8. Usar a comida como jogo.

Fazer várias atividades usando comida como uma brincadeira, tem como objetivo ver a comida como 'diversão' e não algo assustador. Durante a brincadeira o bebé vai experimentar diferentes texturas e sabores. Pode fizer uma pintura com puré de maçã, iogurte, banana amassada e geleia. Às vezes pode adicionar alguns brinquedos que ele goste no meio da brincadeira...

9. Aumentar gradualmente o tamanho dos alimentos...

Comece por dar ao seu bebé pedaços pequeninos de comida, ele vai sentir-se mais confortável do que se tiver de lidar com grandes pedaços de comida na boca...
Ofereça ao bebé alimentos que ele gosta em pedaços pequeninos (tamanho de uma ervilha) e ao longo do tempo e conforme o bebé se vai sentindo mais confortável, vá aumentando gradualmente o tamanho dos alimentos.
Se tentar apressar este processo o bebé pode até começar a vomitar ou a rejeitar os alimentos, voltando à estaca zero, por isso, é muito importante ter muita paciência..



10. Utilizar distrações...

Para  os bebés o mundo é algo novo e por descobrir por isso quando estão na cadeira alta para comer aborrecem-se facilmente, uma vez que comer não é algo novo. Tente arranjar alguma distração ou jogo para fazer em quanto come, isso vai ajudar a que ele continue interessado e distraído e que coma com maior facilidade.




11. Cozinhar os alimentos de diferentes formas!

A ideia é modificar um pouco o alimento de forma a se tornar algo novo e interessante mas não totalmente desconhecido.

12. Utiliza um liquidificador...

No inicio o seu bebé pode rejeitar a textura original do alimento, pode utilizar o liquidificador para modificar um pouco a textura do alimento, tornando-a mais em creme, ou mesmo um puré um pouco mais grosso.
Pode iniciar o alimento com a textura em puré e gradualmente torna-la mais parecida com a textura original, ou seja utilizar cada vez menos o liquidificador..o seu bebé com o tempo vai-se adaptando acada textura e vai aceitar melhor a textura original do alimento, pois já reconhece muito bem o seu sabor e cheiro.

13. Apresentações divertidas e apelativas dos pratos...

Para tornar mais interessante as refeições do seu bebé pode fazer apresentações divertidas com os alimentos. Como por exemplo pode fazer uma palmeira  ou uma flor a partir dos vegetais ou a fruta.

Nestas refeições inclua alimentos que sabe que o seu bebé vai comer e um ou outro que normalmente não come...com a divertida apresentação o seu bebé vai pegar em todos os alimentos...

14. Não tenhas grandes expectativas!

Muitas mães gostam de fazer várias sopas e papas para os seus bebé, mas muitas vezes eles não come e rejeitam o alimento causando frustração na mãe.

É importante concentrar-se no seu bebé e no que ele realmente gosta e come, e não sentir que é uma má mãe porque o seu bebé não come tudo direitinho como imaginou. 
A coisa mais importante é que o seu bebé com perturbação sensorial coma, cheire e sinta os alimentos, mesmo que não em grande quantidade ou exatamente o que queria que ele comesse.

15. Elogie e incentive!! SEMPRE!!!

Sempre que interagem com, cheirar e tocar os alimentos são passos importantes para a desenvolver a competência de comer. É muito importante que elogie e incentive o seu bebé nestas experiências sensoriais, mesmo que ele não coma ou apenas prove um pouco.
As vezes é complicado quando se está desesperado que o bebé coma, mas é importante que os pais valorizem e reconheçam  os seu progressos.